Mesmo de noite, onde a luz das palavras pode revelar ou o olhar pode dizer e depois amanhecer, clarear...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Passeio nocturno
…levanta-se de noite… bamboleando-se pelos corredores descalça… vê que as janelas sem persianas corridas, deixam a luz dos candeeiros entrar... e deixam que a lua ilumine os seus pés e o chão, por onde vai andar… de noite…
... depois espreita pelos vidros... depois abre as janelas... sente então a brisa da noite, suave e intensa... aquela que irá acordar o dia, para nascer... para nascer...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
No brilho dos cristais

Há um brilho imenso
no tempo da espera
e há uma frágil delicadeza
quando a noite impera
há um som mais suave
de palavras arrastadas
recantos mantidos
de longas fachadas
de mãos entrelaçadas
fragilidade audaz
de uma força maior
de se ser capaz
há tremores seguidos
há esperanças espaçadas
há na voz gemidos
de vidas destapadas
um tom mais escuro
no brilho dos cristais
que pressentir os teus pés
é o som dos pardais
e no toque das vozes
a luz no olhar
como se fossemos vitrais
de tudo por inventar
no tempo da espera
e há uma frágil delicadeza
quando a noite impera
há um som mais suave
de palavras arrastadas
recantos mantidos
de longas fachadas
de mãos entrelaçadas
fragilidade audaz
de uma força maior
de se ser capaz
há tremores seguidos
há esperanças espaçadas
há na voz gemidos
de vidas destapadas
um tom mais escuro
no brilho dos cristais
que pressentir os teus pés
é o som dos pardais
e no toque das vozes
a luz no olhar
como se fossemos vitrais
de tudo por inventar
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Nem só

Nem o sopro do vento
Nem a luz lá de fora
Nem as mãos a tocar
Nem os passos sem demora
Nem o assombro a voar
Nem a sombra do vento
Nem a chuva a cair
Nem a terra a planar
Nem as folhas nas árvores
Nem o som a desfolhar
Nem o cimo da serra
Nem o vidro a brilhar
Nem o ranger da porta
Nem a névoa parada
Nem a nuvem tapada
Nem o portão aberto para eu entrar
Nem só… mais um dia de pedra para eu me lembrar
Nem só…
Nem a luz lá de fora
Nem as mãos a tocar
Nem os passos sem demora
Nem o assombro a voar
Nem a sombra do vento
Nem a chuva a cair
Nem a terra a planar
Nem as folhas nas árvores
Nem o som a desfolhar
Nem o cimo da serra
Nem o vidro a brilhar
Nem o ranger da porta
Nem a névoa parada
Nem a nuvem tapada
Nem o portão aberto para eu entrar
Nem só… mais um dia de pedra para eu me lembrar
Nem só…
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Mais perto
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Fragilidade
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Nós dois

terça-feira, 6 de outubro de 2009
Isto ou aquilo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Sombra vizinha
Abri o livro, sentei-me na cadeira, olhei o mar e recomecei a leitura na página marcada… tentei, porque na verdade não consegui continuar a ler, mas a fingir que lia. E o motivo de tal fingimento prendia-se apenas com a conversa da sombra vizinha. Eram quatro no toldo do lado... pai, mãe e dois filhos. A mãe de pinça na mão tentava desenfreadamente arrancar um pêlo que tinha no queixo, e pareceu-me assim de soslaio que não seria o único. Já havia matéria que chegasse para que a minha leitura não prosseguisse com a devida paz… mas a coisa não se ficou por aqui. Perante a dificuldade em extrair o dito cujo, quis o pai tentar… a mãe no centro da sombra ocupava já uma área considerável, pelo seu tamanho natural, não o da sombra mas sim o da mãe. Nada de atrapalhações… pôs-se o homem de joelhos em frente à mulher e de pinça na mão… não fosse a ajuda falhar, os filhos quiseram ver tudo de perto... assim, um de cada lado, iam relatando os acontecimentos de forma bastante audível, sugerindo gestos novos e posições…
De repente imaginei-me dentro da casa destes vizinhos de toldo, esta cena íntima podia perfeitamente estar a ser vivida numa cozinha… (há cozinhas onde acontece de tudo)… imaginei uma mesa de jantar ainda por levantar, com ossos de frango e batatinhas fritas, minis com as caricas pela toalha a enfeitar, bocados de pão com as marcas dos dentes de cada um dos quatro, um televisor ligado com som alto no intuito de incentivar o “berro”, e a partilha física destas experiencias em família… sobre chão de mosaico e não de areia como era o caso.
Levantei-me, arrumei as memórias que tinha nas mãos dentro do meu saco, e fui até à beira mar… pensei nestas imagens anteriores... quantas vezes sem nos apercebermos, em dois segundos podemos entrar na casa dos outros sem pedir licença, e sem ser convidados…
De repente imaginei-me dentro da casa destes vizinhos de toldo, esta cena íntima podia perfeitamente estar a ser vivida numa cozinha… (há cozinhas onde acontece de tudo)… imaginei uma mesa de jantar ainda por levantar, com ossos de frango e batatinhas fritas, minis com as caricas pela toalha a enfeitar, bocados de pão com as marcas dos dentes de cada um dos quatro, um televisor ligado com som alto no intuito de incentivar o “berro”, e a partilha física destas experiencias em família… sobre chão de mosaico e não de areia como era o caso.
Levantei-me, arrumei as memórias que tinha nas mãos dentro do meu saco, e fui até à beira mar… pensei nestas imagens anteriores... quantas vezes sem nos apercebermos, em dois segundos podemos entrar na casa dos outros sem pedir licença, e sem ser convidados…
sábado, 3 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Hoje
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