domingo, 30 de dezembro de 2012

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

E depois do oh oh oh oh?

...e depois destes "agentes secretos" (como diz o meu filho ao ver as varandas serem assaltadas por homens de fato vermelho) não estarem mais à vista (felizmente), e depois das montras anunciarem saldos dos saldos, e depois das estradas cheias do lado esquerdo e dos corredores dos centros comerciais palmilhados de lés a lés, e depois dos foguetes e das festas, das mensagens iguais e dos e-mails tão parecidos, dos jantares, das trocas de embrulhos, e dos encontros apressados só para não deixarem de ser encontros, ainda que apressados... e depois dos desejos e dos brindes e dos brilhantes e das noites e dos dias assim iguais aos outros dias, mas tão diferentes por terem que ser menos iguais... só por terem que ser.... e depois do ter que ser... o que virá depois.... depois... o que virá...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

... para todos!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Lua

Despe à noite 
a escuridão
com o seu vestido branco
recortes
momentos
pedaços de tempo
iluminados pelo coração


sábado, 8 de dezembro de 2012

As asas são para voar



Há sempre
um instante
por nascer
sempre...
.
nas asas
da palma da mão
que a pele
tantas vezes 
não diz
por não saber

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pintar o tempo ...

... para dias de acontecer cor  ... 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Há um jardim para lá de mim...

... onde se protegem flores de bem querer... e onde intocáveis, os dias se espelham frágeis e por nascer ...

sábado, 17 de novembro de 2012

Linhas de um Sábado à tarde

Pode ser quando menos se espera. Ou se espera menos do que se pensa. Um dia ao acordar ouvimos qualquer coisa vinda de dentro... que é dessa voz que vamos sendo. Sem susto olhamos as mãos. Uma e outra. E depois os braços. E depois... a pele confere-nos sempre existência. É o nosso corpo a dar forma aquilo que somos. É a nossa voz. A nossa forma de andar ... por casa , na rua... sempre pensei na forma de andar como a forma de ser. Nunca para mim uma e outra coisa se separou. Perco-me no meu andar como me concentro no movimento de quem passa por mim. E gosto de perceber a elegância com que se veste o ritmo de cada um. Para depois desnudar. Uns mais apressados, outros mais devagar, outros parados... o ritmo dos passos dos outros nunca me passa despercebido, nunca me passa despercebido. Nunca. E nos passos também há o olhar, que uns mais que outros deixam passear. Passamos assim uns pelos outros... uma vezes mais parados outras vezes sem conseguir andar, outras a passos largos ... Pode ser quando menos se espera. Ou se espera menos do que se pensa... ouvirmos qualquer coisa vinda de dentro...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Florir ...

... numa janela de mim ...

terça-feira, 30 de outubro de 2012

E nos espaços serenos sem ontem nem amanhã...

... descobrir segundos de anil para fazer dias de hoje ...

domingo, 21 de outubro de 2012

Posso dizer num sopro...

... a voz do rio 
quando corre na pele
ou quando é gelo e frio
*
posso dizer num sopro
 a voz do vento ...
quando com cores celestes
se faz lamento

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Resistir ...

... a uma paisagem inteira ... com planícies de mim ...

sábado, 13 de outubro de 2012

Há sonhos de ferro...

... que moram na fragilidade de uma nuvem ... 
e escutam o silêncio da sombra que o sol não vê ...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

I want to ride my bicycle

... escolhendo tempos de devagar...
negando o sal aos rios
com a doçura de marear...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Com quantas pedrinhas nos dizemos...

... para desenhos do coração ...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O meu pequeno Príncipe

Como num conto de fadas... farás sempre parte dos meus sonhos mais reais... 
... existirás com o tom dos dias mais bonitos... és parte de mim...
*
*Parabéns, meu querido filho Duarte*


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Janela dos afectos

Há lugares assim
onde a vida se deita
quando é a alma que espreita
***
e há momentos tamanhos
de pedra e sombras
e brancas nuvens
de sol e anjos

sábado, 8 de setembro de 2012

Se o vento soprar a favor...

... e se no peito a margem desenhar um rio...

sábado, 1 de setembro de 2012

Escrever do meu olhar


Se o vento te trouxer
viverás em traços de luz
se me disseres dos dias
morrerei contigo
***
seremos nus em folhas brancas
para desenhos de nos vestir
 ***

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vital...

... é nunca fechar a porta de cores ao meu olhar ...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Em tons de reflexo

Deixo-me levar em tons de reflexo onde se espelham as cores que os meus olhos sabem... e isso também pode ser colorir...
 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

(Querida) Madalena

*Para ti, minha querida Madalena que hoje fazes 19 anos... e porque o teu nome também é, e será sempre, esta música no meu coração... e porque o amor que nos une, é e será sempre, a mais bela melodia... ritmada por cada novo dia... 
Parabéns Madalena!*

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Se a (tua) vida vai torta...












... vou desejar o direito e despir-me do avesso... e só assim eu me conheço...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Para guardar a luz dos dias ...

                                         
               


















... na sombra de um canto meu ...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Às vezes


Deito-me às vezes
sobre  as palavras
de uma forma tão intensa
que perturbo
a forma de as ler
 .
umas vezes 
nada disso importa
outras vezes
morre em mim 
parte do querer

terça-feira, 26 de junho de 2012

O sopro do coração

... quero reflexos de prata  trazidos num sopro...
de plantar um mar inteiro de voz...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Adormecer ...

... dias de acordar perguntas impossíveis de viver ...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A voz escondida do olhar

Eu queria a voz dos teus olhos
para poder escrever
páginas de cores vivas
e trazer nas mãos 
dias despidos de branco
para vestir linhas de dizer ...
eu queria a cor do teu sorriso
em lápis pastel
tudo em forma de letras
para preencher o papel...
e depois ler
que o teu olhar é voz
e só depois morrer
que o teu olhar é vida
e ser


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Lugar para dois


Senta-te à minha frente e vê o que se passa ao teu lado... É o tempo a correr ou o mar que navega aquilo que sonhamos nunca perder... 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Casa de sonhos demorados



Ouvem-se ainda os teus passos
naquela manhã  de azul e rosa
soluços embriagados
poeira ou prosa
ouve-se o grito profundo
dos corpos a respirar
suspensos no horizonte
diante do mar
nasce  das sombras
tamanha nudez
certezas infinitas
ou medo
talvez

sábado, 26 de maio de 2012

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é



"Bom dia, posso tirar-lhes umas fotografias... é que estão aí sentados... tão bonitos...
Claro que pode, e oiça o que tenho para lhe dizer... "


Gosto dos olhares que nos deixam aproximar... e gosto dos sorrisos prontos para dizer, sem medos, sem receios... tão cheios...



... e gosto do lado mais genuíno de se ser, ser...

*(é esta minha grande paixão, a de fotografar as vozes que os rostos têm)



quinta-feira, 24 de maio de 2012

Resistir


... às palavras guardadas em silêncio ...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Nada mais

















Que mistério é este...
onde o meu olhar se prende
por não saber que jardim é este
que mistério é este 
que me segura
só me segura
por ser mistério
e nada mais

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cortina

















Às vezes deveríamos ser de ferro, para dias menos fortes... outras vezes ser de ferro negaria a beleza da nossa fragilidade.  Uns dias poderíamos ser nada e noutros tudo, mas sabe-se que uns e outros dias, não aguentariam ser separados. Umas vezes poderíamos ter sentido e outras vezes deveríamos perder a direcção... ir rua fora mesmo fora de mão... Se uns dias nos perdêssemos, noutros seriamos  encontro... entre o que poderíamos ser e o que somos, corre uma cortina de ferro... forte e fraca, doce e amarga... e disso afinal não somos todos nós?


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cada manhã...

















...  acorda o espreguiçar de um dia ...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Há momentos que não têm explicação...


... pela simplicidade de uma conversa ...



... pelo encanto na troca de palavras ... 
que podiam ser escritas, mas que na voz ... 
 se vestem nas asas de estar... 

Há momentos que não têm explicação!


*(obrigada Nuno, pelo registo e por estares no lugar certo à hora certa:)