segunda-feira, 2 de julho de 2012

Às vezes


Deito-me às vezes
sobre  as palavras
de uma forma tão intensa
que perturbo
a forma de as ler
 .
umas vezes 
nada disso importa
outras vezes
morre em mim 
parte do querer

6 comentários:

João Menéres disse...

Então, porque te não deitas sob as palavras ?
É assim que faço. E que bem durmo ! ( que é o que quero ).

Um beijo.

Rute disse...

Adorei o teu poema...lindíssimo.
a fotografia, em perfeita harmonia com as palavras.

1 bjinho

Nuno disse...

Às vezes... temos de deixar as palavras voarem livremente no seu espaço natural, para não nos pertubarem a forma de as ler...
Bela imagem e belas palavras de sentir...

Remus disse...

Moral da história: Além de uma boa dose de cleptomania, ficamos a saber que a Clarice também gosta de deitar-se sobre palavras.
Se fosse só sobre "Ós" eu até percebia, porque eles são redondinhos e devem ser confortáveis, mas agora em cima de "is" ou de "éles" deve ser algo muito desconfortável.
:-P

Um comentário parvo, para uma bela fotografia.
;-)

Nuno disse...

Ainda não te tinha dito mas é por te "deitares às vezes sobre as palavras de uma forma tão intensa que perturbas a forma de as ler" e por "outras vezes morrer em ti parte do querer" que eu, às vezes, me assusto... mas depois vêm dias como estes que acabaram de passar e tudo serena... e o amor cresce e consolida-se...

the dear Zé disse...

há palavras que se moldam ao corpo como a areia da praia...

bêjo