quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Para sempre

Podia dobrar as esquinas

sem andar pelas ruas

.

podia atravessar estradas

de caminhos invisíveis

.

podia dizer entender

todas as partidas

.

e até atravessar

os rios a pé

.

ir no céu

por terra

.

navegar sem água

escrever sem tinta

não saber a mágoa

que nasce de um filme

.

podia ser assim

para sempre

e podia até

ser aquilo que não sou

.

9 comentários:

Guida Palhota disse...

E eu, que tenho podido tão pouco, porque vi ali uma janelinha que me pareceu aberta, fui-me chegando, na vontade de poder apenas... desejar-te um feliz natal.

com 6 beijos de uns amigos de viseu

Rute disse...

Poema muito belo!

Beijo

Clarice disse...

Guida...:) irei lá retribuir, com todo o prazer!!

beijinho Muito Grande!!

Remus disse...

Basicamente tudo resume-se a: Podias... mas não era a mesma coisa!
:-)

O grafismo provocado pelos ramos e o próprio ambiente algo tenebroso, complementam perfeitamente a fotografia/poema.

(Acho que aquilo que escrevi faz sentido... mas depois de um dia farto em trabalho, já nem sei!)
;-)

NUNO disse...

Podias ser aquilo que não és mas felizmente és aquilo que és... e tiras fotografias que nos encantam... e escreves coisas que nos fascinam...

L.Reis disse...

...e nunca saberemos, pois não Clarice? Como seríamos, se alguma vez, por uma vez que fosse, tívéssemos podido...é quase um susto...é quase uma paz...
(Belo...como tudo o que escreves...)

L.Reis disse...

...e com isto ia-me embora sem te desejar um Natal a ousar coisas belas... Feliz Natal, Clarice!!!

Artur Guilherme Carvalho disse...

Muito bom. "Ganda Malha". Feliz Natal

Rute disse...

Feliz Natal para ti e para os meninos :)
TUDO DE BOM!

Bjinhos