Não me digas a metade
as palavras todas
são sempre desalinho
não me digas a noite inteira
quando o dia cai
na escrita de um caminho
não digas tardes quentes
diz-me das ruas
das árvores e das sementes
diz-me em choro
o teu sorriso
e sem luz
a tua boca
diz-me devagar
na melodia que seduz
a fragilidade ser um dia
e a vida ser tão pouca
5 comentários:
A cerca está caída mas as estacas continuam de pé...
Belas palavras, a completarem uma bela imagem...
Pelos vistos o tempo e a Natureza não dão descanso.
O grafismo e o sentido de profundidade estão no ponto.
PS: Esta fotografia pedia preto e branco.
Adoro esta foto, está espetacular!
As tuas palavras vão serpenteando com a imagem...tb gostei delas :)
Bjinhos
Tal como a Rute diz, muito boa "serpenteação" ;-)
Gosto muito do poema!
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