sábado, 7 de maio de 2011

Frágil


Não me digas a metade

as palavras todas

são sempre desalinho

,

não me digas a noite inteira

quando o dia cai

na escrita de um caminho

.

não digas tardes quentes

diz-me das ruas

das árvores e das sementes

..

diz-me em choro

o teu sorriso

e sem luz

a tua boca

.

diz-me devagar

na melodia que seduz

a fragilidade ser um dia

e a vida ser tão pouca


5 comentários:

NUNO disse...

A cerca está caída mas as estacas continuam de pé...

Belas palavras, a completarem uma bela imagem...

Remus disse...

Pelos vistos o tempo e a Natureza não dão descanso.
O grafismo e o sentido de profundidade estão no ponto.

PS: Esta fotografia pedia preto e branco.

Rute disse...

Adoro esta foto, está espetacular!
As tuas palavras vão serpenteando com a imagem...tb gostei delas :)

Bjinhos

Helder Ferreira disse...

Tal como a Rute diz, muito boa "serpenteação" ;-)

Gelo disse...

Gosto muito do poema!