Os dias eram passados assim, na rua, sem destino… percorria a cidade inteira, espreitava cada beco, olhava cada sombra caída no chão e seguia-lhe desenfreadamente o rasto. Sem destino, procurava o que jamais saberia querer encontrar… tinha deixado fechado a sete chaves uma vida inteira de encontros desfeitos, que agora jamais fazia sentido lembrar. Por isso, com passos largos pressentia uma forte e imortal possibilidade de um dia, num beco qualquer, voltar a encontrar-se… perdido, seguia rua fora…
6 comentários:
As noites eram passadas assim, também sem destino... sem destino que lhe fosse prévio aos passos que repetiam os caminhos uma e outra vez percorridos... mas o destino, afinal, comandava-lhe as erráticas e labirínticas deambulações; ele é que o não sabia. E foi sem saber como nem porquê que uma vez mais parou para acender um cigarro naquela esquina exposta a dois ventos que para ali convergiam...
"Até a chegada ao nada pode ser um momento de subtil revelação. Valerá sempre a pena continuar."
Greta Strohhütte
De onde te chegam estas palavras com que nos presenteias diariamente, querida Clarisse???
...onde vais tu buscar as tuas, caro 'desconhecido' Vitor.?. ...as minhas, encontro-as quase sempre tão atrapalhadas pelo caminho!!!
Vítor, é por estas e por outras que gosto dos três pontinhos ... no final das "minhas" palavras, há quem as siga... lhes acrescente sentido... lhes dê vida de uma outra forma.
Gostei muito!
Lady, bonita escolha!:)
Lena, ...as tuas palavras não se atrapalham nada quando estamos frente a frente! Sexta feira à noite, não foi assim?:)
pouco importa...afinal o destino é apenas uma grilheta
que nos prende ao amanhã...sem ele o espanto de cada hora pode voltar a acontecer...
...importa não esquecer que antes de nos encontrarmos temos que nos perder...
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