quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Rio

Entre aquilo que sinto

e aquilo que é

está um céu aberto

aceso de lua

no rio que passa mesmo a meus pés

.

entre aquilo que sinto

e aquilo que não é

há um lamento profundo

ou um rasgo de nada até

7 comentários:

Anónimo disse...

Presumo que seja o reflexo do tal Rio ... está impecável.

Nuno disse...

Gosto das imagens que nos põem o Mundo do avesso... especialmente aquelas de rios serenos, em noite de Lua Cheia...
E gosto das tuas palavras, sempre inspiradas...

Rute disse...

Bela imagem. Belo poema;)

1 bjinho

Anónimo disse...

Belo reflexo acompanhado por um belo poema.
Esse rio parece um espelho...

IRIS disse...

vale-nos a memória, não esquecer que se sente, e é sempre esse sentido que nos liga à "realidade", ainda que por um fio frágil e tantas vezes (quero crer que não sempre) de orientação invertida. e a memória é como o rio, traz nas águas as histórias de todas as margens.
e isso, Clarice, diferentemente de realidade, é verdade :-)

um beijinho

Sérgio Aires disse...

para não chorar... :)

Remus disse...

Bela fotografia de um mundo ao contrário.
O reflexo está tão bom, que até apetece lançar uma pedra para destabilizar a harmonia. :-)