domingo, 16 de novembro de 2008

"Desenrasque-me lá isso"

À espera que chegasse o segundo autocarro que iria levar um grupo de crianças ao Teatro, verifiquei que o dito transporte não possuía cintos de segurança com três pontos, como eu tinha solicitado.
Ao telefone com o responsável da empresa transportadora:
E agora? perguntei eu.
Desenrasque-me lá isso até Lisboa, disse-me ele.
Nunca na minha vida me tinham pedido para desenrascar nada, muito menos até Lisboa, nem sei mesmo se algum dia vou desenrascar alguma coisa.
Resultado: autocarro para trás, e outro nas devidas condições para a frente, ainda que com atraso de meia hora!

6 comentários:

Vítor disse...

Fizeste o que está certo. Não dá para facilitar. Se querem fazer negócio, tenham os veículos em condições. Na primeira visita de estudo que organizei, apanhei um susto de morte: rebentou-se um pneu do autocarro em plena auto-estrada, quando circulávamos a grande velocidade. Porquê? Porque era recauchutado!

Lady Godiva disse...

Tenho uma história para te contar. Fica para quando "isto do domingo"... acabar Até logo.

Aníbal Meireles disse...

O que o homem da empresa se esqueceu foi de dar as instruções de como utilizar lençóis para fazer de cinto. Cada miúdo traz o seu, de preferência de flanela, que são mais resistentes e portanto melhor classificados no EuroNcap e depois é só dar uns nós e tal e vai tudo... desenrascado até Lisboa! E quentinho também. Poupa-se em cintos e na - como dizem os mecânicos - "chófage".

Clarice, a expressão do dia é tua: "Nunca na minha vida me tinham pedido para desenrascar nada, muito menos até Lisboa" Fartei-me de rir :DDD

Aníbal Meireles disse...

Apesar do assunto ser sério. Mas é sempre surreal.

Artur Guilherme Carvalho disse...

É difícil seguir princípios numa terra de bandidos; ser cívico entre bichos; é doloroso querer fazer bem as coisas num espaço em que ninguém se rala. Uma dor com a duração da existência.É na persistência nesses valores que ganhamos a tranquilidade dentro de nós...
ARTUR

Clarice disse...

Vítor, fiz o que está certo, mas apetecia-me ter feito mais! Como podia não correr bem, fiz assim:1,2,3,4,5,6,7,8,9,10!

lady, adoro histórias e fico em pulgas só com uma pontinha do véu a esvoaçar...:)

Aníbal,eh eh eh :))))
E só brincamos com assuntos sérios com os outros não vale a pena!

Artur, quem se sente "bandida" nestas alturas sou eu, mas muito tranquila! Reajo sempre calmamente, mas quem me conhece diz que os olhos disparam. Nestas alturas nem posso passar por um espelho, senão levo um tiro, mato-me! :)e depois lá iam os miúdos à solta no autocarro.