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Não gosto das vezes que contas o meu olhar
nem que te escondas de mim
não gosto dos dias a passar
lembrando outros sem fim
não gosto das palavras a escalarem
montanhas de faz de conta
nem gosto que os meus pés sintam
o que os meus dedos apontam
mas gosto de cuidar do pouco que resta
deixar entrar pela janela
apenas o sol
por uma fresta
e pensar que ao acordar
vou deixar respirar os sonhos
e querer dos sonhos apenas o espreguiçar
e cada vez mais
conseguir dizer
sem dizer a soletrar
1 comentário:
Ui, exercício difícil.
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