domingo, 8 de março de 2009

Como um carrossel

.
Andando devagar
numa corrida fixa

sem sair do mesmo lugar
mesmo assim

ser capaz de sonhar
ver
querer
dizer
e sobretudo acreditar

mas abrandar…
e mesmo assim

ser capaz de não parar
em movimentos soltos
e agarrados
leves
e esmagados
espreito-te daqui...
um dia chegar aí
e não perguntar o depois
onde está a tua mão
onde ficamos os dois
.

3 comentários:

Anónimo disse...

Será a poesia mais real que a verdade dos sentidos perguntava Durrel.Entrei por um acaso neste espaço e agora não me apetece sair. Este poema tem a simplicidade de um céu azul e a frescura de uma fonte num dia de Verão.São raras as pessoas capazes de ver paisagens que não existem...
E quanto à pergunta final responderia como Pessoa dizendo que está sobre o teu cabelo, "tudo é ilusão, sonhar é sabe-lo".

Clarice disse...

Anónimo: e o teu nome é...

Anónimo disse...

Poderia ser Calaf mas o meu verdadeiro nome só Turandot o sabe... Qual é?