quinta-feira, 12 de março de 2009

Dar passagem

.
Normalmente quando vou a entrar num local e no sentido inverso vem alguém a sair, independentemente do sexo, aguardo e dou a vez. Mas sabe-me muito bem, quando alguém sem hesitar, espera que eu passe…
O que ontem me aconteceu não tem explicação, estava eu a entrar "numa caixa geral perto de mim" e eis que vinha um senhor a sair… não me deu passagem, e eu prontamente, porque estava bem disposta, segurei na porta dando-lhe a vez e disse-lhe (ironicamente, claro): “muito obrigada”. Resposta do “cavalheiro”: “não tem de quê”. Não chegou para me estragar o dia, mas irritou-me!
.
.
*quase tudo na vida Passa por saber Dar e por saber Receber... mas também quase todos nós andamos tão distraídos...

5 comentários:

Anónimo disse...

És cá das minhas... lol

Lady Godiva disse...

Minha querida Clarice:
Quanto ao que contas, eu não conto com a distracção de ninguém; conto somente com falta de educação!
Até porque o teu desenvolvimento inclui um "não tem de quê"!

Pensaste que o senhor também pode ter querido ser irónico? Se ele fosse bem educado, esse seria o momento em que se daria conta da falha cometida e te pediria desculpa. E tu desculparias, naturalmente, a sua distracção inicial.

Errar uma vez poderá até acontecer por distracção. Mas dois erros idênticos e seguidos apontam para outro lado...

Clarice disse...

Maria Cereja... eu sei!;)




Pois é Lady, neste caso a distracção a que me refiro é mesmo aquela que se arruma dentro de duas aspas assim: “má educação”! Até porque se percebeu que havia remédio e não se quis remediar…
E esta falta de educação tem a ver, com o Não sabermos tratar bem os outros.

Eu já tinha idade para não contar com pessoas “distraídas”… mas apesar de abrir as portas cada vez mais devagar, acontece ainda por pura distracção, ficar pronta para desculpar…

*também alinhei nos tremoços, reparaste?:)
beijos

Guida Palhota disse...

Sabes, Clarice, perfeccionista que sou, mas também mulher de marés, já muitas vezes certas pessoas me quiseram fazer ver que dou importância excessiva a determinadas realidades (admirando-se até com "a paciência que consigo arranjar para me abespinhar com coisas que não têm importância nenhuma").
Digo-te isto por teres referido que o comportamento desse "cavalheiro" te irritou. Digo-te isto para que possas, como eu, reavaliar a importância dos comportamentos dos outros no curso dos nossos dias.
A ti, de nada valeu a irritação; ao senhor, nem sabemos se terá valido para alguma coisa a tua lição. Mais vale varrer de imediato situações destas da nossa mente. Ou então (e isso acho bem) comentá-las com quem sintamos que nos pode oferecer uma opinião concreta.

N.B. O mais importante de tudo isto é que a nossa relação com os nossos sentimentos pode perfeitamente estar na base de certas doenças que nos surgem...

mdsol disse...

É mesmo!

:)