sábado, 25 de janeiro de 2020

Segredo


Este céu podia ser um poema teu
ou são as folhas a segredar ao céu
tudo aquilo que não morreu

sexta-feira, 14 de junho de 2019

quarta-feira, 6 de março de 2019

Florir...


serás 
sempre em mim
florir


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

domingo, 13 de janeiro de 2019

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Caminho de acordar poemas...


(...que a noite não deixa adormecer)

segunda-feira, 2 de julho de 2018

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Quem inventou o amor não fui eu...


… não fui eu
não fui eu
não fui eu, nem ninguém 

quinta-feira, 15 de março de 2018

E depois do vento...



…os ramos não parecem  ser os mesmos
ainda assim, souberam calar das rajadas fortes
o nascer dos ninhos outra vez...



terça-feira, 6 de março de 2018

Pai...


… serás sempre cada momento bonito da minha vida …

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Folha de papel


Todas as noites o mesmo sonho:
ler palavras escritas naquela folha em branco.




quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Bom ano!


Há uma quietude tão bonita no silêncio de momentos guardados onde prazerozamente se fica. E depois há o tempo a voar...e sombras de libelinhas... e sempre a quietude...

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Querido Pedro Rolo Duarte

Um post sem fotografia… lembrando o sorriso e a voz do autor das linhas que se seguem, e de outras palavras que me acompanham desde há muitos anos, escrevendo mais sentido à vida.


"Odeio a mentira porque:
Presume a tolice ou a burrice daquele a quem se mente.
Parte do princípio de que o mundo é grande e infinito.
Parte de quem se julga superior aos outros.
Não serve a ninguém, nem sequer a quem mente.
Não tem razão de ser, nem existência.
Acima de tudo, odeio a mentira porque não é a verdade. Mas quem mente nunca pensa neste pormenor."

terça-feira, 7 de novembro de 2017

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Por este rio acima


… navegam poemas de água doce … 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Apesar dos pesares...


… e dos estragos ...
as cores do amor aqui estão!
No meio do peito
vestindo a alma imune ao tempo
no meio do pó
e sem um único lamento
(é o amor)

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Quando é noite...


… há a tua presença ...
essa fonte de luz
que os olhos fechados
deixam ser dia

há em tons amarelados
todos os segundos passados

há na parede rugosa e branca
a cor de cada palavra dita

quando é noite
há sempre esta luz 
que não se apaga
nunca

terça-feira, 20 de junho de 2017

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...



… guardando no peito caminhos de rocha de um azul mar ...

sábado, 13 de maio de 2017

The Other Pair



De olhos bem abertos,vinte e cinco crianças, com idades entre os quatro e os cinco anos (os meus alunos), viram esta curta metragem. Num silêncio profundo, presos pela música também das imagens, dos gestos, das palavras não ditas… No final reuni os testemunhos, verdadeiras palavras sábias que me comoveram. Relembro esta observação do P. : "É uma bonita história de amor! Mas também é um bocadinho triste… ". Palavras sábias, sobre as histórias mais bonitas.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Fim de tarde


No regresso trago o dia de sol, reflexo laranja que o horizonte desenha. Sentada no barco vejo a ria correr num azul teimosamente bonito. É a brisa, ventania inspiradora e quente ou sou eu que a imagino assim sempre tão presente. Deixo devagarinho a outra margem, onde a pressa não cabe em mim. E é fim de tarde sempre que é assim.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Quando os dias nascem assim...


… e acordam manhãs devagarinho ...


segunda-feira, 6 de março de 2017

Saudades...


… quando olho os ramos despidos das folhas que um dia vestiram o azul do céu…

domingo, 19 de fevereiro de 2017

As luzes que moram no escuro...


… vivem para nos iluminar!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Avançar


...  com a quietude eterna de um segundo, que um dia tudo fez parar ...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Destino ...

… 2017!
Levo momentos, os livros e as melodias, levo as fotografias, levo o meu caderno, levo os segundos, levo paisagens, levo o que passei em outras margens, deixo aquilo que não gostei, levo viagem na minha bagagem, levo os cheiros, as vozes, levo os risos, levo tempo, levo até vento, levo o que guardarei  para sempre no meu pensamento… vou!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Das árvores ...


… elevam-se os sonhos que os ramos abraçam ...
(e as perguntas que fazemos ao céu, confirmam as sombras inquietas e certeiras)



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Trago esse tempo na minha mão


… e mesmo sem olhar
sei de cor 
o caminho
que ainda hoje
me leva 
e me traz
tudo aquilo que sou


terça-feira, 15 de novembro de 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Névoa


vá para onde eu for
vestem os teus versos
a pele da minha mão

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Amanhecer


… sempre
que espreito
no fim da noite
pela minha janela
tudo aquilo
que eu quiser
ver ...

sábado, 1 de outubro de 2016

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Melodia


… quando as letras se deitam numa frase com sentido ...

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Para fazer feliz a quem se ama


… há o mar
lá atrás
e mais ainda
o horizonte
que os olhos 
fechados
alcançam…

é tudo tão perto do peito
e tão longe do olhar

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Existe uma sombra...


… para cada dia de sol plantado

sábado, 6 de agosto de 2016

Se é verão...


… então deixa esse ar quente entrar
lembrar
deixa ser uma franja
um fio
de linho
e cor
deixa ser assim
tudo o que o ar quiser
tudo o que restar
de tudo que ficou
do que não partiu
deixa ser assim
mesmo que assim
seja este lado mais devagar…

terça-feira, 5 de julho de 2016

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sem comando ...


As escolhas eram menos, talvez maiores. Dizia o meu pai: espera, não carregues já no segundo botão que ainda está a aquecer. Tínhamos uma antena em cima da televisão. Nunca estava no mesmo lugar. Um dia partiu-se e veio outra maior e mais bonita, mas nem por isso mais quieta. Daquele lado a imagem fica melhor. Agora para o outro lado. Às vezes para lado nenhum. Na agenda dos telefones da minha mãe havia uma página dedicada aos arranjos que tinha escrito em maiúsculas, "SENHOR DA TELEVISÃO". Lá vinha o "salvador" de mala na mão, desaparafusar a carapaça enorme da minha querida televisão que mais parecia uma tartaruga. São as válvulas. E eram. Era o hino com a bandeira ao vento e horas de deitar. Eram os festivais da canção com os amigos chegados de Moçambique. Sem comando... e com tanto à nossa volta. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

segunda-feira, 6 de junho de 2016

E enquanto não nasce o dia ...


… a noite adormece  assim
com reflexos de vidro 
escritos numa parede em branco
como se fosse folha de papel

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Olhos nos olhos


na quietude de uma planície
sem vento
sem nada
(apenas com alma)
olhar-te
só para te olhar

sábado, 21 de maio de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Mar riscado

… para lembrar tecidos repletos de sal ...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

És a cor de uma manhã ...


… quando os traços que deixaste no meu peito se desenham ao anoitecer ...


terça-feira, 12 de abril de 2016

Do escuro...


… há o desassossego  de uma luz de caminhar ...

terça-feira, 22 de março de 2016

Quando se guarda um poema no coração ...


… não há noite que adormeça um livro …


domingo, 6 de março de 2016

No azul do mar ...


… há um oceano com vista sobre o caminho
de pedra
de sal
de areia
de luz
de lembrança
que não se desfaz
que não adormece
não por ser dia
mas sim por ser prece 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Onde os livros moram ...



… moram também as frases por dizer ...
E mesmo que eu suba e espreite
ou me vista ao amanhecer 
o silêncio de algumas frases
teimam em não se escrever


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Lugar onde se esperam cores …


…e basta apenas uma folha em branco…
apenas isso
uma folha em branco...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Lugar onde pétalas se deitam...


... para despertar verdes adormecidos ...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Casa com céu


... onde estrelas enamoradas sorriem todas as noites ...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Abracadabra



tenho uma casa de medos
onde escondo todos os passos destemidos
e tenho um escuro cinzento
forrado de sonhos adormecidos

e depois tenho pouco mais
dias assim
de horas iguais


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

terça-feira, 24 de novembro de 2015

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A D. Fernanda


Ninguém gosta de ficar internado. Ou se está doente, ou para lá se caminha, e mesmo quando os filhos vão nascer é uma viagem com desejo rápido de regresso a casa. Mas se tem que ser, e foi o caso, assim seja. Por uma noite. Só uma noite. Não me deu o sono até me pedirem que engolisse de uma só vez dois comprimidos. Fique descansada,  são só para ficar meia sonolenta. Comecei logo a pensar: mau...agora vão fazer-me perguntas e eu no embalo ainda respondo segredos meus. Engoli. Seja o que deus quiser. O resultado esperado aconteceu, fiquei sonolenta. Foi então que prometi descansar, e ler até subir para o bloco operatório. Dá-me licença, vai ter aqui uma companhia ao seu lado, diz a enfermeira ao entrar no quarto com um sorriso nos lábios. Olhei,  vi uma senhora pousar no chão a sua mala azul de cadeado brilhante, o que me levou logo a crer ser uma mulher prevenida. E pensar eu que devia ter arranjado um cadeado para a minha pequena mochila... Não está com cara de doente?! Não, não, é coisa sem grande importância. Vimos as duas para o mesmo então, diz a minha companheira de quarto. "Companheira de quarto" é uma expressão tão militar, nunca fui à tropa mas sinto-a assim. Pois, disse eu. É a vida, diz a D. Fernanda. Mulher de cabelo vermelho, grande porte, voz clara e com tom bastante audível. A minha filha é que devia estar aqui, mas desteta hospitais. Foi desde o pai, mas eu digo-lhe: Carla tens que ultrapassar isso na tua ideia. A minha Sandra é diferente, essa vai logo onde tem que ir. E tem que ser assim, não acha? sim, sim, claro. Sentada na minha cama, marco o livro com os meus óculos e fico a olhar para esta mulher que fala enquanto olha pelo vidro e deixa o cotovelo entregue ao parapeito da janela. O pai era muito amigo delas, continua... e bom homem que era. Trabalhou a vida inteira atrás de um balcão. O patrão até dizia que ele não era um empregado, ele era um filho da casa! Coitadinho, sofreu dois meses e depois olhe...ficamos cá nós.  Quando me pediu em casamento é que foi, o que ele afinou com o meu pai: "então você é o tal rapaz que trabalha no rei das peúgas?" O que ele foi dizer ao meu marido, uma vida a trabalhar no rei das meias, um orgulho para ele e para nós(risos). E o avô que ele era...  as netas adoram-no. O que me salva é o trabalho, são as minhas colegas e as netas e isso... A D.Fernanda foi falando, eu fui ouvindo , o seu olhar parava lá fora quando falava do marido que perdeu há dois anos, mas que toda a vida se lembra  estar a seu lado. As netas, as colegas do seu trabalho, até do genro da filha mais nova... ainda sorrimos as duas, ainda lhe disse algumas das minhas parvoíces. Voltamos a sorrir. Quando voltei ao quarto a D. Fernanda já tinha saído. Não lhe desejei as melhoras e a ultima vez que nos cruzamos foi quando eu saí do bloco operatório e ensonada lhe desejei boa sorte. Gostei tanto de conhecer a D.Fernanda! Foi só uma noite, coisa sem importância.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Andar ...

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