quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Das árvores ...


… elevam-se os sonhos que os ramos abraçam ...
(e as perguntas que fazemos ao céu, confirmam as sombras inquietas e certeiras)



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Trago esse tempo na minha mão


… e mesmo sem olhar
sei de cor 
o caminho
que ainda hoje
me leva 
e me traz
tudo aquilo que sou


terça-feira, 15 de novembro de 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Névoa


vá para onde eu for
vestem os teus versos
a pele da minha mão

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Amanhecer


… sempre
que espreito
no fim da noite
pela minha janela
tudo aquilo
que eu quiser
ver ...

sábado, 1 de outubro de 2016

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Melodia


… quando as letras se deitam numa frase com sentido ...

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Para fazer feliz a quem se ama


… há o mar
lá atrás
e mais ainda
o horizonte
que os olhos 
fechados
alcançam…

é tudo tão perto do peito
e tão longe do olhar

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Existe uma sombra...


… para cada dia de sol plantado

sábado, 6 de agosto de 2016

Se é verão...


… então deixa esse ar quente entrar
lembrar
deixa ser uma franja
um fio
de linho
e cor
deixa ser assim
tudo o que o ar quiser
tudo o que restar
de tudo que ficou
do que não partiu
deixa ser assim
mesmo que assim
seja este lado mais devagar…

terça-feira, 5 de julho de 2016

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sem comando ...


As escolhas eram menos, talvez maiores. Dizia o meu pai: espera, não carregues já no segundo botão que ainda está a aquecer. Tínhamos uma antena em cima da televisão. Nunca estava no mesmo lugar. Um dia partiu-se e veio outra maior e mais bonita, mas nem por isso mais quieta. Daquele lado a imagem fica melhor. Agora para o outro lado. Às vezes para lado nenhum. Na agenda dos telefones da minha mãe havia uma página dedicada aos arranjos que tinha escrito em maiúsculas, "SENHOR DA TELEVISÃO". Lá vinha o "salvador" de mala na mão, desaparafusar a carapaça enorme da minha querida televisão que mais parecia uma tartaruga. São as válvulas. E eram. Era o hino com a bandeira ao vento e horas de deitar. Eram os festivais da canção com os amigos chegados de Moçambique. Sem comando... e com tanto à nossa volta. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

segunda-feira, 6 de junho de 2016

E enquanto não nasce o dia ...


… a noite adormece  assim
com reflexos de vidro 
escritos numa parede em branco
como se fosse folha de papel

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Olhos nos olhos


na quietude de uma planície
sem vento
sem nada
(apenas com alma)
olhar-te
só para te olhar

sábado, 21 de maio de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Mar riscado

… para lembrar tecidos repletos de sal ...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

És a cor de uma manhã ...


… quando os traços que deixaste no meu peito se desenham ao anoitecer ...


terça-feira, 12 de abril de 2016

Do escuro...


… há o desassossego  de uma luz de caminhar ...

terça-feira, 22 de março de 2016

Quando se guarda um poema no coração ...


… não há noite que adormeça um livro …


domingo, 6 de março de 2016

No azul do mar ...


… há um oceano com vista sobre o caminho
de pedra
de sal
de areia
de luz
de lembrança
que não se desfaz
que não adormece
não por ser dia
mas sim por ser prece 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Onde os livros moram ...



… moram também as frases por dizer ...
E mesmo que eu suba e espreite
ou me vista ao amanhecer 
o silêncio de algumas frases
teimam em não se escrever


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Lugar onde se esperam cores …


…e basta apenas uma folha em branco…
apenas isso
uma folha em branco...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Lugar onde pétalas se deitam...


... para despertar verdes adormecidos ...