sábado, 28 de dezembro de 2013

Rumo ...



... quando o meu olhar se deita 
a esperar manhãs de alvorada ... 
quando o sol brinca com a chuva
para o caminho ser já madrugada ...


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Cartão de Natal

"Se tudo tem um futuro, esse futuro apenas se pode construir com o presente".

Joaquim Pessoa

*hoje não há fotografias nesta loja... hoje não é o meu olhar... é o vosso, ao lerem estas palavras...
**Feliz Natal, escrito com letrinhas de fazer nascer paisagens com vista para a alma...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tudo o que se espera de um jardim são flores


... para um chão de cuidar gota a gota ... 
menos do que isso não é um jardim, e as flores não serão a primavera ...


sábado, 14 de dezembro de 2013

Ver mais longe...


... do que o perto embaciado e turvo junto aos pés ...


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Hoje sou de vidro azul...


...  em dias frágeis de sonhos mar ... e amanhã serei assim?

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Que cor terá a espera de uma madrugada ...


...  onde a noite demore ficar ...

domingo, 8 de dezembro de 2013

Resistir...


... a passos pela areia que nos molhem a pele de beira mar...
enquanto nós de apertos sombra nos traçam rotas de não sonhar ...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Há nesta luz do amanhecer...


... qualquer coisa de encantar... 
quem sabe o sonho de uma noite certa
onde depois o dia se irá deitar...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Será que a primavera existe mesmo para lá desta janela...

... ou será apenas um poema escrito com as flores do campo que eu ainda não li ...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Quando a noite chega e as sombras acordam...


... eu ando pela casa assim ...  e cruzo os tons cinza... tons de dizer baixinho palavras a preto e branco... e depois quando o dia nasce e as cores amanhecem, eu adormeço outra vez ... e saio para a rua com passos largos de andar no chão...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Há uma linha de sombra que une o rosa velho...



...e que atravessa e toca os tons terra...
e há em mim essa viagem
que o olhar jamais despreza ...

domingo, 3 de novembro de 2013

Será que os pássaros também partem tristes...


... e levam palavras encerradas no peito ...
quando nas asas moram desejos de amanhecer ...


*o título deste post , pertence ao brilhante livro (também musical) "Emigrei, chove música nas minhas mãos, Será que os pássaros também partem tristes?", com texto de Maria João Saraiva, prima desta senhora minha amiga :) Parabéns Joni!


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Esta é a chave da porta que não se fecha ...



... e onde mãos de tanto mar... naufragam no amor de se afirmar ...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Das tuas mãos ...


... para as minhas 
desaguam oceanos
e do teu olhar
para longe
mora o meu olhar daqui
quando perto for hoje
o momento de estar assim

domingo, 27 de outubro de 2013

Asas do desejo


... para dias de tirar os pés do chão ...

sábado, 26 de outubro de 2013

Quando o piano toca em dias de mim ...



...  e eu consigo desenhar melodias ... sementes silenciosas das minhas quatro paredes sem fim ...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

"Não, eu só vou se for para ver uma estrela aparecer...


... na manhã de um novo amor..."

* nasci a ouvir Vinicius de Moraes, sei de cor... mas sempre que oiço os seus versos cantarem, descubro mais, muito mais... e é desta "ponte" tão real entre versos e a vida, que vive (para mim eternamente)  o canto das palavras de um poeta como Vinicius!

domingo, 20 de outubro de 2013

Quando os dias adormecem assim ...


... eu acordo nos meus olhos um lugar de contemplar o sol sobre o mar... e  oiço os poemas escritos na luz do céu e na brisa serena que antecede a noite... e depois... quando o sol nascer, partirei ... e é assim...

Soneto de Separação

terça-feira, 15 de outubro de 2013

É neste lençol de mar ...


... que me escapam os pés descalços
pela areia molhada...
onde escrevo cada palavra 
feita dos meus cinco sentidos
.
rumo ao mar
escrevo...
momentos de salgar o meu rosto
tão distante do teu...
.
rumo a mim
visto cada palavra
que despes na minha mão
e que teimas não falar
.
é neste lençol de mar 
que te mergulho
sem me afogar

sábado, 12 de outubro de 2013

Há sempre um poema para uma manhã de acordar mais cedo... bonita manhã...



Estar só é estar no íntimo do mundo

Por vezes cada objecto se ilumina 
do que no passar é pausa íntima 
entre sons minuciosos que inclinam 
a atenção para uma cavidade mínima 
E estar assim tão breve e tão profundo 
como no silêncio de uma planta 
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice 
ou na alvura de um sono que nos dá 
a cintilante substância do sítio 
O mundo inteiro assim cabe num limbo 
e é como um eco límpido e uma folha de sombra 
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes 
E é astro imediato de um lúcido sono 
fluvial e um núbil eclipse 
em que estar só é estar no íntimo do mundo 


António Ramos Rosa

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bye





quinta-feira, 3 de outubro de 2013

De pedra e cal - II


... seguindo pela beira mar em marés de caminhar ...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"No encontro e no abandono, na última nudez "



"Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra."

António Ramos Rosa


sábado, 21 de setembro de 2013

Este é o mar cor de estrela ...


... que o céu deitou para mim  naquele final de tarde ... 
e agora no céu há mar e as estrelas  dormem ... até ser dia, pode ser essa a magia ...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O verdadeiro caminho ...



... é aquele por onde te sigo
sem margem de pó
onde os dias claros e transparentes
inundam os meus olhos ardentes
sempre que te oiço chegar
do meu coração
seguro cada segundo
como uma nova canção
e não tem lugar
os passos perdidos
às voltas 
perdidos
porque te encontrar 
é rumo certo
da incerteza não ter lugar
porque a vida
é assim para nós
nesta verdade certa de amar

* para o meu querido filho Duarte, que faz hoje 11 anos!



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Era preciso tão pouco ...


Estávamos quase lá, lembras? naquela manhã de chão de unir, eterna manhã... Dizias baixinho o que guardas (ainda) no peito e eu dançava os meus  dedos no teu sorriso,  rasgado no meu...
Trocámos de lugar... eu, eras tu. E tu, eu. Eram os teus pés, ou os meus descalços nos teus? Oiço baixinho o que guardas no peito... não é uma manhã fria que faz o ultimo leito...  e só, por ser preciso tão pouco... tão pouco... 


sábado, 14 de setembro de 2013

Caminhando ...



"Não penses. Que raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se, como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta. Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não penses, que é sacrilégio".

Vergílio Ferreira, "Conta-corrente"


*descaradamente roubado... daqui!

sábado, 7 de setembro de 2013

O que seria de mim sem eu ...


... quando acordei
hoje assim
o meu corpo 
que teima dormir
mas que lembra 
um lugar
num canto
desenhando
segundos
de luz ...
segundos
de luz ...

*O título (genial) deste post ... trouxe-o daqui!


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O que fica do que passa


... um veloz acordar nas cores de amanhecer ...
um salto sonante 
onde o tempo são as mãos
e os passos o meu corpo ...


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Dizer adeus ...


...  na escuridão do olhar
quando se perde o pé
onde nos falta o passo
acertado
no meio de um caminho errado
onde resvala o sonho
num vidro embaciado
e se revela
a palavra certa
partir ...
serenamente partir...
e levar nas mãos 
a escuridão 
que iluminará
cada passo 
ou não ...


sábado, 27 de julho de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Até a lua se arrisca num palpite ...

... que o nosso amor existe para além do infinito de uma planície ...

* para a minha querida filha Madalena, que faz hoje 20 anos!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A voz que um sorriso tem ...

... quando se soltam as palavras genuinamente faladas ...

*para a Iris, Caçador, Rute e Sérgio 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vou pintar nos meus olhos ...

... as cores de um lugar ... onde morar enfim ...

domingo, 7 de julho de 2013

Memórias...

... pedaços de pano
que se estenderam um dia
cobrindo sorrisos
enquanto as palavras revelavam
desejos:
um dia vou ficar 
no teu olhar a ler
um dia vou deitar no meu olhar 
o teu corpo a adormecer
um dia vou acordar
e ser ao teu lado
um dia...
um dia  
por ser já tarde
ou talvez madrugada
vou ser outra 
a mesma
nessa letra inacabada

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Justa

À conversa com a minha querida amiga R. e por entre pensamentos sobre a vida... lembrou ela, o que uma das filhas ouviu um dia uma professora dizer:
***
"A vida não é justa? claro que a vida não é justa. Se a vida fosse justa, não se chamava vida. Chamava-se justa."

Tão a propósito da nossa conversa... 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Resistir ...




 























... a dias maiores
ocasionais momentos
fragmentos
pautados 
com notas de ti 
e de mim
e cantar...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Quem tem medo do lobo mau ...




























... e foge ao atrevimento de uma floresta por desbravar ...  onde a luz na escuridão deixa adivinhar clareiras, palavras, e sonhos... só de encantar ... só de encantar ... quem tem medo do lobo mau ...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Importa mesmo ...




























... o mais simples
um gesto
movido pelo vento
a brisa
de uma iluminada manhã
importa tudo o que é belo
os pássaros também
e a música que a água tem
importa os pés
as mãos
e estar
a vontade de lés a lés
importa o tempo
e o sorriso também
e dizer sempre
 :
está aí alguém?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

MEC... ontem e para sempre ...

Ontem lá estive mais uma vez na feira do livro. Sempre, todos os anos, e ainda que me lembre, vou mais do que um dia. Vou menos do que já fui, mas sempre que posso gosto de repetir as viagens pelos corredores onde os livros espreitam. Vou mais para uns lados que para outros. Gosto dos livros já usados e com dedicatórias, e pensar que já foram de alguém e que agora estão ali, à espera de outras mãos... Gosto das pessoas a andar para cima e para baixo. Gosto de as ver sentadas a conversar. Gosto de tirar fotografias. Gosto da musica ao vivo, mas não gosto de ouvir musica gravada ao mesmo tempo...
Ontem, voltei novamente à feira do livro, onde já tinha estado durante a semana, só que ontem fui com uma intenção... uma intenção maior... o meu querido Miguel Esteves Cardoso  , o meu querido MEC, estava lá. E estava com a sua querida Maria João. Adorável Maria João. Sim , ainda estou emocionada ... enquanto esperava a minha vez para um autografo e uma conversa que não previa ainda acontecer, estava assim, emocionada... a olhar...  O Miguel e a Maria João fizeram-me sentir em casa, esqueci que estava ali, e ficamos à conversa como se não estivesse mais ninguém por perto.... não dei pelo tempo passar. Pareceu um segundo. Quando generosamente entreguei com um sorriso os livros que iriam ser autografados, tive o privilégio de dizer o que tanto guardei para ser dito...


"Miguel, sempre achei a Maria João muito bonita, mas agora ainda  mais, porque o Miguel sabe escrever a beleza que não se vê, a beleza interior... e saber dizer isso de alguém, e escrever isso de alguém...  é saber dizer o amor... é o amor. É amor. Dito, escrito e lido. E depois o que se aprende com isso... o que nos ajuda com o que escreve... pode ser banal o que lhe digo, mas queria dizer-lhe. Está dito."





O sorriso que eu recebi depois.... do Miguel e da Maria João... prolongou a nossa conversa... que guardarei para  sempre, e também sempre que me lembrar do amor...

*valeu-me a presença de quem ao meu lado registou as fotografias onde apareço, e a quem agradeço...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Tudo principia na própria pessoa ...

... sempre que os braços

alcançam tamanhos de coração
e se faz do olhar
infinita estrada
searas de chão ...