quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Beijo ...


... momento efémero
quando a vontade resgata
nos lábios o desejo

memória inquieta
que abraça a lembrança
fechada no peito



* (feliz 2015 para todos aqueles que espreitam esta janela)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

De olhos semicerrados...



... (porque a chuva turva cai...)
consigo desfolhar
a mesma árvore
que plantei do meu olhar...

quando o sol vier
que venha

importa o momento
ou até a hora
que narra essa história
e que o tempo só sabe eternizar ...


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Passeei numa floresta de um rio...


... onde o verde mergulhado em brandas águas salpicava ramos e folhas num pingue pingue sem fim ... 

sábado, 1 de novembro de 2014

Escolho da noite...



... a luz mais solar
que roubo à lua
para embrulhar sonhos 
de oferecer ao coração
... e depois antes do acordar
peço ao céu que guarde
na voz de uma estrela
essa minha canção...

escolho da noite, a voz
a mudez, não!


sábado, 18 de outubro de 2014

Vhils (três)


... prendi os meus olhos na rua em que passaste por mim ...

domingo, 12 de outubro de 2014

Este meu filho...

- Vais ter teste de matemática, tens que estudar!
- Oh mãe...
- Então não queres ser veterinário?
- Mãe, para ser veterinário eu tenho é que saber de estômagos e como tirar balas a ovelhas... pensas que ser veterinário é só dar festinhas aos cães e dizer: oh... tão fofinhos...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Vhils (dois)


... ver o mundo da janela dos teus olhos
quando olho o teu rosto com os meus ...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Vhils (um)


... hoje ... saio à rua só para ver as paredes falarem com alma ...


*quando crescer quero ser o Vhils!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Para sempre


...  contigo ... haverá música no meu coração...

*Parabéns pelos teus doze anos, meu querido filho Duarte!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Há um rio coração...


... na doce margem do peito
que flui navegando
nas águas brandas de um leito...
e depois há na pele 
o salgado do mar
que nesta paisagem relembra
o lugar de alcançar...

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Lençol de trigo...



... onde se deitam searas
e se dobram planicies
onde no peito se guardam as brisas
que se elevam nas sombras
onde se desfazem os trilhos
e onde nada do que era antes
nada do que foi
se desnua ...
por ser o tempo mesmo assim
o nome
e só o nome
de uma mesma rua

sábado, 6 de setembro de 2014

Quando os olhos se deitam assim no horizonte...


... faço abrigo com todas as letras de saber de ti ...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A ordem natural das coisas...



... férias

              ir

                   para não ficar

                                    sol

                                          água

                                                livros
  
                                                         para 

                                                               mergulhar

                                                                            na sombra

                                                                                  e ... fotografar
                                                                                                         fotografar

                                                                                                                  fotografar...

            

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Noite dentro


Há um encanto suspenso numa noite assim...para iluminar minutos sem contagem crescente até ser manhã...há um encanto eterno dentro do escuro do céu...que só a noite tráz... e há em mim nessas horas, uma vontade maior de ser tudo aquilo o que um livro faz...


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Diálogo




dizes-me?
não comeces...
dizes-me?

(        no meio deste espaço rasga-se um sorriso de sim         )

digo-te!




quarta-feira, 23 de julho de 2014

Trago em mim este amor infinito ...


Faz hoje vinte e um anos que nasceste. Tudo aquilo que até aí eu vivia de uma determinada forma, ganhou desde esse dia forma única. O meu olhar duplicou, todos os outros sentidos também. Os passos menos cautelosos experimentaram ficar mais cautelosos, e até hoje e para sempre não deixarei de andar contigo no meu coração. Os medos começaram a ter outro lugar, estenderam-se para além de mim... já os sonhos, dobraram no meu peito. Comecei a encontrar mais linhas no horizonte, a saber perder-me no tempo... e a perder-me com mais tempo... olhar tudo mais longe. Hoje, quando lembro o dia em que pela primeira vez te segurei nos meus braços acabada de nascer, parece-me um sonho, um sonho que trago em mim todos os dias para viver. Trago um sorriso infinito de partilhas, mesmo quando abro o armário à procura da minha camisa preferida  e a encontro vestida em ti. Hoje trago em mim a felicidade de reunir os amigos e família para te festejar... trago este amor infinito que nos une e que o teu sorriso  espelha no olhar... Parabéns, minha querida filha Madalena! 

terça-feira, 8 de julho de 2014

Conversa ao jantar... com final (in)esperado


... hoje deram-me trinta e cinco anos! 

Oh mãe, as pessoas dizem sempre coisas assim para serem simpáticas!  Eu lembro-me que na primária quando fazia um desenho  e depois dizia aos meus amigos que não gostava nada dele, eles depois diziam sempre: Oh Duarte, tá bué da giro! É sempre assim mãe...

E então Duarte, diz-me lá qual é a moral da história?

A moral da história mãe? (sorriso de sempre quando vem disparate... )

O menino aprendeu a andar de skate!

domingo, 6 de julho de 2014

Aguaceiro


! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !


* queria um post menos exclamativo ( onde pudesse espreguiçar palavras ...)  mas o cinzento do dia deixou-me assim!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

É esse o meu chão...


... o das palavras poema
pousadas na minha mão

é esse o meu chão...


terça-feira, 17 de junho de 2014

Lançava nos sonhos nascidos das mãos ...



... as asas que o peito guardava voar ...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Para lá de tudo isto...


... e dos vidros quebradiços e frágeis
existe céu
algodão e reflexos
de ramos que eu vejo
e árvores que oiço
e tudo isto anda 
na corrente de um rio...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Olho-te ...





São essas palavras escritas
ditas com o olhar
que fixam letras na minha pele

embalo cada canção prometida
cada verso momento
oiço nesse raro lamento
um enorme rasgo de mel

 depois vejo-te sorrir
num verso perfeito
deixar a vida seguir
e o mar dentro do peito


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Caminhar...


... também é seguir os passos que nos levam até nós ...

quarta-feira, 14 de maio de 2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O olhar do meu filho ...



"Mãe, dá aí... " Quando passeamos este é um pedido a que não resisto ceder, passar a minha máquina para as mãos do meu filho Duarte. E depois deliciar-me com a explicação dele sobre as escolhas que fez, os detalhes que encontrou sem que eu desse por eles... é essa a beleza dos detalhes, serem encontrados por um olhar único... Fico deliciada a ver o Duarte tirar fotografias... e eu de longe a ver ... e a lembrar o seu ar impaciente de outros tempos, quando parávamos o carro e ele dizia "Oh mãe, não demores muito a tirar fotografias às mesmas gaivotas de sempre..." Hoje ele percebe que há um tempo merecido e precioso que dedicamos às gaivotas de sempre... e o seu ar impaciente de outros tempos é hoje um olhar atento e desperto... saber esperar é uma virtude, e ter uma filho assim, a felicidade...

terça-feira, 15 de abril de 2014

Dias em flor...


...para tecidos de vestir primaveras... 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Lugar onde os sonhos se bebem a cores...

... e onde no caminho até às sombras se podem saborear olhares a preto e branco...

quinta-feira, 27 de março de 2014

É manhã da minha janela...


... porque te vejo chegar
e é por ser manhã 
que mora em cada novo dia
a vida que nos irá habitar

sexta-feira, 21 de março de 2014

Pudesse eu ...


... ser cada meia asa de um sonho
e cada metade de uma estrada
parte da lua
e do dia a madrugada

pudesse eu
nesse voar delirante
desenhar aos pássaros o céu
ser da sombra a luz submersa
para tudo isso seres tu e eu

quarta-feira, 19 de março de 2014

Abrigo...


... quando um lugar de unir habita dentro do peito ...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Eu cá, com os meus botões...

... nem às paredes confesso ...

sábado, 8 de março de 2014

Tão perto...


... quando nada em mim se torna longe ...


domingo, 2 de março de 2014

Os dois lados da janela...


... quero ver todas as gotas 
transparentes e luzidias
que os dias choram correr peito fora
quero ir mar de vidro
e embaciar com a minha voz
para depois os dedos desembrulharem
estradas de nitidez
e eu ver lá fora
e cá dentro ser 
manhãs e dias inteiros 
e noites sem nevoeiros
ter nas mãos o ar
e respirar
os dois lados da janela ...

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O que importa agora...


... é a luz que os meus olhos fixam
pelos caminhos que vejo
nas avenidas de nuvens
macias e ténues
que se prendem nas minhas mãos
é este caminho
onde trago tudo o que fui
e por onde sou agora
tudo o que será, será
o que importa neste caminho de aurora...

*hoje, é o número mil a dizer as vezes que a  Clarice vos encontrou por aqui... :)


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ainda há pastores ...

... que nos falam dos sonhos de bem guardar ...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Por este caminho...

... são as árvores que indicam os tons que os meus e os teus olhos fechados tatuam na alma de primavera... eterna primavera...  por este caminho...

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Deitar numa planície cada palavra não dita ...


... para escutar melhor o sentido de um horizonte... enraizado no tempo... escrito nas cores de cada estação ...

domingo, 12 de janeiro de 2014

Estrada para dias de devagar...

... por onde, quem sabe... a neblina seja o rumo até ao mar ...