segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O vestido da minha pele

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O vestido da minha pele
corre contra o vento
sinto um arrepio gélido
em constante desalento


E todas as noites na varanda maior, Maria ficava ao vento... nunca antes pensara que este era um poema escrito para si...
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E todas as manhãs na mesma cadeira baloiçava as palavras que de noite se tinham deitado nas estrelas... eram manhãs maiores, como a varanda que pisava descalça, sem medo de sentir o chão ranger...
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Maria era doce de tão amargamente olhar a sul... havia na sua voz a ternura de não saber se o caminho à sua frente era caminho ... nascia o desalento...

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