Chego primeiro na voz. Oiço o que dizes e percebo a rua, os carros, os passos, a tua respiração apressada. Percebo a tua voz a tentar ouvir a minha. “Diz, não consigo ouvir-te.” Aproveito e pergunto de outra maneira. Falamos mais tempo, ficamos mais perto, nos risos nervosos, nas palavras que se adivinham … É como uma bola que te lanço e quando seguras, já está de volta em mim: “não, diz tu”. Falamos colados, sobrepostos, nas vozes, as nossas vozes, que como num jogo se tentam tocar.
3 comentários:
Hora boa, essa que te convenceu a guardar a vergonha numa gaveta e a clarear ideias.
Bem vinda ao "jogo".
Irei ficar atento...muito atento.
Yanneck: Em jeito de agradecimento escrevi-te lá, junto das tuas fotografias.
Volta!
Não sei quem é o Yanneck, mas tem toda a razão. Vais-te soltando e espalhando o prazer de te ler. Magnífico.
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