quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Perguntar ...


? ? ? ? ? ? ? ?
? ? ? ? ?
?
? ? ? ? ?

para quê?

para mexer
para chamar
querer saber
porque sim
porque não
para ouvirmos o sim
o sim
que sim
e gostarmos
ou para ouvirmos o não
não
e chorarmos
é para trazer de volta
para empurrar de vez
para cuscar
ou abusar
ousar
é para ficarmos tão perto
juntos
ou para irmos
mais longe
para ficarmos longe
e ligados
unidos
despidos
beijados
nos risos
ou tristes
ou desvairados
aprendemos
nos porquês
o deserto
e a lucidez
tornamos a perguntar
outra vez
e isso só nos vai magoar
mas se não o fizermos
a raiva de perder
é sempre não saber
de ti
onde estás?



8 comentários:

Vítor disse...

É aparentemente mais fácil não perguntar... mas ficam sempre a dúvida e a incerteza a corroer!

bj

Cati disse...

Estas perguntas... que bem que ficam ao som da Joan!

:D

Beijo*

Lady Godiva disse...

Estou aqui. Ansiosa por que me perguntem tudo, de tudo, sem pejo e sem balanço, de chofre, sem empurrão.
Perguntar é comunicar, mas esse tal perguntar é aquele que dirigimos a quem de algum modo queiramos amar. Não é coscuvilhar, não é esgravatar; é, de certa maneira, emparelhar ou agrupar, conhecer, somar, crescer.
Mas quem é que tem tempo para tal?! Todos temos!!! A questão está nas escolhas que fazemos, nas opções que tomamos. E há quem prefira virar-se só para um lado, perguntando só a alguns, ou não pergunte nada porque nada quer saber...
Também há os levados pela corrente, que giram conforme o sopro. Esses não perguntam consistentemente, são os que já não estão quando se dá a resposta... Fazem perguntas de ocasião. Óptimos em reuniões sociais, são populares e inesquecíveis, mas que guardam eles no coração?!
Perguntar como tu afirmas é uma forma de namoro, é querer saber para poder dar, pois dar o que o outro precisa implica conhecê-lo! Mas quem é quer conhecer-se, hoje em dia?!...

Vítor disse...

Tenho conhecido muito boa música convosco. Gostei muito da tua Joan!

Jorge A. Roque disse...

O difícil não está, muitas vezes, na pergunta. Difícil mesmo é estar preparado para ouvir as respostas.

Clarice disse...

Vítor: com dúvidas não se vai longe...
Não temos dúvidas aqui com a Joan!


Cati: A Joan chegou na hora certa, e pela mão de uma menina encantada...:) Obrigada!


Lady godiva: palavras para quê? Somos de lutas!

Jorge:Nunca estamos preparados para ouvir as respostas.Nunca! Mas há cá dentro de nós uma voz desafiadora, que também nos dá vida, nos ensina a não voltar as costas e a esticarmos as mãos para a frente na queda.Eu acho que vale sempre a pena perguntar... Eu acho que só o deixamos de fazer quando já não queremos ficar próximos.Quando deixamos de amar. Perguntar é amar.Perguntar é ir para...deixar de o fazer é não querer ir. Não é?

Vítor disse...

Parece que nós não, mas ela talvez. Não usa pontos de interrogação mas, apesar de - pelo menos aparentemente - serem retóricas, não deixam de ser "perguntas":

Could this be my fate tonight
That I could be meeting my match
Or does this card I play really have nothing to do
With the game of life
Cause I’ve thieved
And I feel hated for
All of the tricks that I’ve played
In the game of life

Will I walk the line tonight
Even thought there’s something missing
I’m afraid my heart is gone
Left me nothing more than a love for a man
So I’ll seethe and I’ll slither
Towards your hot lights
Red lights giant exploding
Exploding in the name of life

Will I fall into the arms that cannot hold me
Or will I hit the target
And fall into the arms of you
Of you

Something’s got to give tonight
Baby baby I need it to
You are me and I am you
So what’s the fuss
I’ll seethe and I’ll slither
Towards you hot lights
Red light giant exploding in the name of life

Will I fall into the arms that cannot hold me
Or will I hit the target
And fall into the arms of you
Of you

Vítor disse...

Mas tens toda a razão do teu lado: as perguntas que, no passado, não fiz e as que, ainda hoje, não consigo fazer pesam-me esmagadoramente; principalmente as que são as mesmas!