quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Dia deitado

Deitou o dia no peito como se deitasse o mais profundo da sua vida. O dia marcava o que sempre desejara e nunca por isso acreditara que fosse acontecer. Deitou-o na esperança que um breve sono o pudesse acordar de novo. Ali, tinha uma vida inteira para contar. Tinha o que jamais pensou sentir, tinha o amor, aquele que se diz eterno. Mas também tinha o medo, porque de tão perfeito era frágil e transparente, como não o é a vida. Por isso o deitou tão docemente no seu coração onde com ele sonha um dia voltar a acordar.

1 comentário:

Lady Godiva disse...

Ah, eu também quero!
Quero essa fragilidade que vem direitinha da perfeição.
De onde virá a minha?!