segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O meu olhar calado


Era no teu olhar próximo quando me dizias baixinho o amor, era ali a vida inteira … agora é a sombra que prende, mesmo não esquecendo as palavras ditas ao ouvido para sempre. É o meu olhar calado a chamar o teu. E é a vida inteira a dizer que não.

4 comentários:

Vítor disse...

Desculpa, mas eu ouço poesia na tua voz, mesmo sem as palavras estarem alinhadas à esquerda... em relação ao culto, acredito que sim, deve ser assim para uns, mas não para todos...

Cati disse...

O olhar calado vale muitas vezes mais que mil palavras... mais mesmo do que aquelas que para sempre ressoam nos nossos ouvidos.

Um beijo, boa semana*

Lady Godiva disse...

Eu também ouço poesia na tua voz, Clarice. Mas triste, magoada... E porquê contraditória ("palavras ditas para sempre" e "a vida inteira a dizer que não"!)? Se calhar é isso que todos somos a cada momento, mas digo-te que palavras leva-as o vento... Quando as sentimos nossas, precisamos de lhes assentar tijolo!
Sem construção sólida, não há palavras que resistam, porque se espalham com o mais levre sopro. Conheces bem a história dos três porquinhos...
Com os dias a passar, é preciso ir fazendo camadas de tijolo e cimento sobre as nossas palavras de eleição. Senão...
Na sombra não, Clarice! Vem tomar sol à praia, guarda as palavras no coração, mas repara como é belo o horizonte!

Clarice disse...

Lady:
São só palavras a voar...só isso!