quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nas mãos



nas mãos
como pontos de luz
alados sentidos
vagueiam a medo
em desejos perdidos...
a palma da mão
despida ao vento
sabe o que guarda
no cheiro e no tempo…
em punho fechado
ouve-se lá dentro
uma voz mais triste
ou até mais doce...

a vida quer dizer-se
e cada vez mais devagar…
sempre que os meus dedos seguram em gotas
a água dos olhos vinda do mar
.

3 comentários:

Ana Lúcia disse...

As minhas mãos já não seguram gotas de mar... as gotas não saem, não jorram.

:)

L.Reis disse...

Ah as mãos...não foi sem motivo que Rodin as juntou e lhes deu o nome de catedral.

Remus disse...

Bom nível de contraste, pelo que o preto e branco assenta que nem uma luva nessas mãos.