Pousei o livro aberto no chão e deitei-me. Eu não aguentava agora nem mais uma linha. O meu peito pulsava, era o amor ali, descrito, vivo e cheio de mim e de ti, de nós. Ele sabe tudo de nós! Como é que alguém que não nos conhece escreve o que nós vivemos? Os lugares não são ali, o “tu” e o “eu” também não somos nós, mas o amor … os passos, os abraços, a voz, a nossa voz, as palavras entrelaçadas no corpo, os silêncios na promessa calada de um dia, quem sabe … e o medo de se pensar, quem sabe... Não consigo ler o fim. Não quero. Nem sempre é uma questão de não querer. Pode ser muito intenso, e não se conseguir deixar de querer. Marco o livro aqui? o meu peito não vai aguentar. Não, não marco o livro aqui, o livro aberto no chão vai ficar assim, enquanto eu morrer de amor por ti.
*os livros a marcar a minha vida ...
4 comentários:
ola.
Gostei do que li, acho que vou voltar :)
Passe no meu. obrigado.
Grafica (espantosa imagem à marcador) e estilisticamente irrepreensível. Um post que gostava que fosse mu.
E tu a marcá-los a eles, com toda a certeza!
Mais um post fantástico. Que bem tu escreves sobre ler!
Beijinhos
E quem resiste a palavras destas, tão inspiradas...?
Enviar um comentário